Hoje é um dia importante para a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e para a educação do Brasil. Se estivesse vivo, José Mariano da Rocha Filho, fundador e primeiro reitor da instituição, completaria 100 anos. Como homenagem ao legado que Mariano deixou para a cidade, começa hoje uma programação que vai dedicar um ano inteiro às lembranças deixadas pelo educador. A primeira atividade está marcada para as 9h, no hall da reitoria. Será um ato ecumênico, que vai reunir amigos, admiradores e familiares de Mariano. O evento é aberto ao público.
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Mariano da Rocha nasceu em 12 de fevereiro de 1915, em Santa Maria. Graduado em Medicina pela Universidade de Porto Alegre, casou-se com Maria Zulmira Dias Mariano da Rocha, com quem teve 12 filhos _ seis homens e seis mulheres.
O jovem visionário sempre foi um entusiasta da expansão das universidades públicas brasileiras. Foi Mariano da Rocha quem impulsionou para as cidades do interior a descentralização do Ensino Superior, antes restrito às capitais dos Estados. Ele queria democratizar o ensino. E, em 14 de dezembro de 1960, quando o então presidente da República, Juscelino Kubitschek, sancionou a lei que criava a UFSM, Mariano da Rocha viu seu sonho se tornar realidade.
_ Ele sempre foi um entusiasta. E, dessa forma, conquistava as pessoas com suas ideias e planos _ lembra a filha Eugênia Maria Mariano da Rocha Barrichello, que hoje é professora na UFSM.
Pioneirismo em Santa Maria
O atual reitor da Federal, Paulo Burmann, concorda com Eugênia e ainda destaca a importância da interiorização do ensino. Pelas mãos de Mariano, Santa Maria tornou-se a primeira cidade do Interior a sediar uma instituição pública de Ensino Superior.
Para Burmann, foi o caráter humanista de Mariano que incentivou o assistencialismo aos estudantes e permitiu que tantas outras instituições fossem fundadas, dando oportunidades de acesso ao conhecimento para milhões de pessoas.
_ O doutor Mariano enfrentou batalhas duras, mas sua bravura nos trouxe a UFSM. Nesta data, temos que homenagear o homem que criou a nossa Universidade _ diz Burmann.
Pelos próximos 11 meses, sempre no dia 12, a UFSM prestará homenagens ao seu fundador. As atividades serão definidas ao longo do ano.